
A alfândega de importação é um órgão do Governo que tem como responsabilidade fiscalizar e controlar a entrada de mercadorias no país. Ela verifica se os produtos estão de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis.
Dessa forma, as empresas e indivíduos que desejam importar bens devem entender como funciona esse órgão governamental, porque atuar conjuntamente com ela envolve uma série de procedimentos e documentações, que podem impactar diretamente o tempo e o custo da operação.
Neste artigo da Dux Logistics, vamos entender o que é a alfândega de importação, o que esse órgão fiscaliza e como opera, a fim de proporcionar uma visão clara desse importante processo.
Acompanhe o conteúdo!
O que é a alfândega de importação?
A alfândega de importação é uma entidade governamental encarregada de fiscalizar e controlar a entrada de mercadorias no território nacional, o que garante que estejam em conformidade com as leis e regulamentações vigentes.
É também responsável pela arrecadação de impostos e taxas sobre importação.
No geral, qualquer produto importado precisa passar pela alfândega do país de destino. Esse órgão examina a documentação, avalia a natureza da carga e determina o valor do bem para fins tributários.
Além disso, dependendo da categoria da mercadoria, a alfândega pode solicitar inspeções físicas e outras verificações para assegurar a segurança e o cumprimento das normas aplicáveis.
É fundamental compreender o despacho aduaneiro (processo exigido pela Receita Federal para importações) como uma etapa importante do comércio internacional.
Esse processo é necessário para certificar que os produtos importados sejam seguros, estejam dentro da legalidade e atendam às regulamentações do país.
Do ponto de vista das empresas importadoras, a alfândega de importação contribui para um mercado mais equilibrado, impedindo que organizações comercializem produtos ilegais ou que não estejam em conformidade com as regulamentações locais.
Como funciona a alfândega de importação no Brasil?
A alfândega de importação supervisiona todas as mercadorias que chegam ao Brasil, seja por intermédio de empresas de logística ou de turistas. O órgão verifica os limites de volume e valor, as origens, os destinos e a documentação exigida.
Normalmente, as alfândegas estão situadas em regiões de fronteira do país, o que abrange aeroportos, limites entre nações, portos, entre outros.
As informações coletadas na alfândega de importação são registradas no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), permitindo o acesso ao registro da Declaração de Importação.
É importante destacar que os procedimentos realizados na aduana são regidos pelo Ministério da Fazenda, junto ao Conselho de Política Aduaneira, de acordo com a Lei nº 3.244, de 14 de agosto de 1957.
O que a alfândega de importação fiscaliza?
As alfândegas têm um papel fundamental na fiscalização das importações de mercadorias vindas de outros países, verificando a origem, o objetivo e a conformidade das informações presentes nos documentos exigidos que acompanham tais produtos.

Todas as inspeções realizadas pela aduana seguem um protocolo rigoroso e têm como objetivo assegurar uma verificação imparcial das cargas recebidas, utilizando os canais de parametrização.
Dessa forma, é possível prevenir a entrada de itens proibidos no Brasil, de acordo com as legislações vigentes, o que garante que cada produto seja devidamente tributado.
Onde é a alfândega de importação?
As alfândegas de importação no Brasil estão situadas nos principais portos, aeroportos e pontos de fronteira do país.
Algumas das localidades mais relevantes incluem:
- Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos (SP);
- Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão (RJ);
- Porto de Santos (SP);
- Porto de Paranaguá (PR);
- Porto de Rio Grande (RS);
- Porto de Suape (PE);
- Porto de Salvador (BA);
- Porto de Fortaleza (CE);
- Ponte da Amizade (Foz do Iguaçu – PR);
- Ponte Internacional da Amizade (Uruguaiana – RS).
Além dos locais mencionados, existem outras alfândegas de importação distribuídas pelo território nacional, em portos secos, terminais de carga e pontos de fronteira terrestre.
Assim, podemos afirmar que elas estão estrategicamente posicionadas em locais chave para a entrada e saída de mercadorias do país, uma vez que uma boa localização facilita o acesso a rotas internacionais.
Com isso, é possível aprimorar o processo de análise e assegurar que os produtos cheguem aos consumidores finais sem atrasos ou perdas.
Quanto tempo o pedido fica na alfândega de importação?
O tempo que um pedido foi liberado na alfândega de importação pode variar dependendo de diversos fatores, como o tipo de produto, a origem da importação, a complexidade do processo de liberação aduaneira e o volume de bens sendo importados naquele momento.
Em geral, o processo de liberação aduaneira pode durar de alguns dias a várias semanas.
Durante esse período, a mercadoria permanece retida na alfândega até que todas as formalidades sejam concluídas, o que abrange a verificação da documentação, avaliação aduaneira, o pagamento de impostos, entre outras etapas já mencionadas.
Em algumas situações, a liberação pode ser mais rápida se a documentação estiver completa e correta e não houver nenhum problema com a mercadoria.
Contudo, se houver suspeitas de irregularidades ou a necessidade de uma inspeção mais detalhada, o produto pode ser retido por um período mais longo, que pode se estender por semanas ou até meses.
Portanto, é difícil determinar com precisão quanto tempo dura esse processo. Mas, na maioria das vezes, pode-se esperar que essa etapa dure de alguns dias a algumas semanas.
Quanto é a taxa de importação da alfândega no Brasil?
A taxa de importação é um tributo aplicado pela Receita Federal sobre produtos estrangeiros que entram no país.
Essas mercadorias são avaliadas quando chegam ao Brasil e, se sujeitas à taxação, o comprador é notificado para efetuar o pagamento dos tributos e liberar a mercadoria para entrega.
Inclusive, a taxa de importação tem como objetivo regular as atividades econômicas entre os países, assegurando a correta arrecadação de impostos e promovendo uma competição comercial justa.
Além disso, essa taxa contribui para a arrecadação de recursos para a União, embora represente menos de 3% do total de tributos arrecadados pelo Governo Federal.
A importação de produtos está sujeita a uma série de tributos que podem influenciar o custo final das mercadorias. Esses impostos são essenciais para:
- Regular o mercado;
- Proteger a indústria nacional;
- Gerar receitas para o governo.
Existem sete impostos que podem ser aplicados: II, IPI, ICMS, PIS, COFINS, ISS e IOF.
Também existem regimes especiais de tributação, como o Regime de Tributação Simplificada (RTS) e o Regime de Tributação Especial (RTE), que se aplicam a certos produtos importados. Esses regimes têm alíquotas fixas sobre o valor dos produtos.
Em relação à tributação, ela pode ser calculada com base no valor declarado da mercadoria, conforme indicado na nota fiscal ou em outros documentos.
Porém, em algumas situações, o fiscal pode discordar desse valor declarado. Nesse caso, ele pode abrir o produto, determinar um novo preço e aplicar a alíquota de imposto com base nesse novo valor.
Portanto, é importante verificar sempre o valor declarado da mercadoria. Se houver discordância em relação ao preço atribuído, é recomendável solicitar uma revisão dos valores.
O que fazer quando uma mercadoria é taxada incorretamente?
É viável adotar algumas ações para contestar a avaliação aduaneira caso você considere que as mercadorias importadas foram tributadas de forma inadequada.
Em outras palavras, se segundo seus cálculos, a Receita Federal do Brasil (RFB) está exigindo valores superiores ao que a legislação permite:
- Revise a documentação: o primeiro passo é examinar toda a documentação para assegurar que não haja erros ou inconsistências que possam ter resultado em uma avaliação equivocada — é importante analisar todos os documentos, como a fatura comercial, descrição do produto, classificação fiscal e o valor declarado;
- Consulte um especialista: procure a orientação de um profissional em comércio exterior ou de um despachante aduaneiro — esse especialista pode avaliar o processo de importação e identificar possíveis falhas ou discrepâncias;
- Solicite a revisão aduaneira: outra alternativa é pedir uma revisão da avaliação aduaneira junto à autoridade competente — esse procedimento pode envolver a apresentação de documentos adicionais e a realização de análises técnicas para validar a classificação fiscal ou o valor da mercadoria;
- Busque a justiça: entre com uma ação judicial para contestar a avaliação aduaneira — será necessário contar com a assistência de um advogado especializado em comércio exterior para avaliar as chances de êxito e orientar a estratégia de defesa (essa opção deve ser considerada apenas como último recurso, pois pode ser bastante onerosa).
Por que terceirizar as operações de importação?
A prática de terceirização de atividades é comum nas organizações. Essa estratégia visa reduzir os custos operacionais e é empregada de forma inteligente para melhorar a eficiência e qualidade dos serviços prestados.
Um exemplo claro dessa prática, é observado nas operações de importação de uma empresa.
Ao contratar um grupo de logística multimodal integrada, o negócio consegue aliviar suas preocupações relacionadas a questões legais, câmbio e o tempo gasto em tarefas complexas, como transporte e movimentação de cargas.
Contar com parceiros especializados nesse tipo de trabalho também contribui para diminuir os custos, permitindo que a empresa direcione seus recursos para melhorias na qualidade, redução de preços e busca por tecnologias mais avançadas.

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