Importador e exportador: entenda os papéis e responsabilidades

Importador e exportador dando as mãos em um porto ao firmar um acordo acerca do processo de importação e exportação de suas mercadorias.

Importador e exportador são termos frequentemente mencionados no contexto do comércio internacional. São papeis que representam as atividades essenciais que conectam economias ao redor do mundo. 

Compreender as funções e responsabilidades desses agentes é fundamental para qualquer empresa que deseja se aventurar no mercado global. 

Neste artigo da Dux Logistics, vamos detalhar as funções de importadores e exportadores, elucidando suas principais obrigações, os desafios que enfrentam e a importância estratégica de suas operações para o desenvolvimento econômico.

Se você busca expandir seus conhecimentos ou planeja atuar diretamente nesse campo, este post fornecerá informações valiosas para otimizar sua logística interna e fortalecer sua presença no comércio exterior. 

Boa leitura!

Qual a diferença entre importador e exportador?

A diferença entre importador e exportador reside nas suas funções exercidas dentro do comércio internacional. 

Ambos desempenham papéis essenciais, mas suas responsabilidades e objetivos são distintos:

Importador 

Importador é qualquer pessoa que traz mercadorias estrangeiras para o território nacional, ou seja, alguém que adquire produtos de outros países e os introduz no mercado interno.

De acordo com a legislação, importador é aquele que compra mercadorias no exterior e realiza sua importação. Comercialmente, tal profissão pode ser uma pessoa física ou jurídica que importa mercadorias do exterior. 

No geral, o importador deve:

  • Lidar com a burocracia aduaneira;
  • Pagar tarifas e impostos de importação;
  • Garantir que os produtos importados atendam às normas e regulamentações locais;
  • Coordenar a logística de transporte e distribuição dentro do país.

Exportador 

O exportador atua em diversos setores e indústrias, como manufatura, agricultura, serviços e tecnologia. Seu objetivo principal é promover a venda de bens e serviços produzidos em seu país para clientes estrangeiros.

Para isso, o exportador realiza várias atividades, como: 

  • Identificação de mercados-alvo;
  • Negociação de contratos de venda;
  • Organização de transporte e logística;
  • Preparação da documentação aduaneira;
  • Garantia de conformidade com as regulamentações comerciais internacionais.

Portanto, o exportador deve garantir que os produtos atendam às normas e regulamentações dos países de destino.

Para isso, ele deve preparar a documentação necessária para a exportação, deve lidar com a logística de envio internacional e também gerenciar os riscos associados às transações internacionais.

O que é exportar e importar?

Exportar e importar são atividades fundamentais na logística internacional, que envolvem a movimentação de bens e serviços entre diferentes países. 

Esses processos permitem a troca de recursos, promovendo o desenvolvimento econômico e a diversidade de produtos disponíveis no mercado global.

Sendo assim, abaixo, vamos exemplificar qual a diferença de importar e exportar:

Importar 

O conceito de “importar” implica na aquisição de mercadorias provenientes de outro país. 

De acordo com o governo federal, a importação é definida como: “O processo de entrada e internalização de produtos estrangeiros no território aduaneiro nacional”.

Esse procedimento envolve uma série de regulamentações e encargos. 

As autoridades competentes, por meio da Aduana (órgão que controla o fluxo internacional de bens), determinam quais produtos são autorizados a entrar no território brasileiro, seguindo as leis nacionais.

Existem diversos tributos associados ao processo de importar mercadorias, que são estabelecidos com base em uma série de critérios definidos na legislação tributária e em acordos internacionais. 

O Brasil, por exemplo, como membro do Mercosul, segue uma tabela específica de tarifas para a importação de certos produtos entre os países do bloco, denominada Tarifa Externa Comum (TEC). 

Tal metodologia é composta por três etapas distintas:

  • Fase administrativa: nesta etapa, ocorre a autorização para importação, que é aplicada de acordo com a operação ou o tipo de mercadoria a ser importada. Esta fase é responsável por emitir a licença necessária para o processo;
  • Fase cambial: durante esta fase, acontece o pagamento ao exportador, envolvendo a transferência da moeda estrangeira para o exterior;
  • Fase fiscal: este período corresponde ao desembaraço alfandegário, que engloba o despacho aduaneiro e o pagamento dos tributos devidos.

Exportar 

Exportar envolve a venda de produtos originários de um país para outro território internacional. 

Segundo as definições do Governo Federal, a exportação é caracterizada pela saída da mercadoria do território aduaneiro nacional.

O sistema de exportação também passa pelo processo alfandegário, mas com critérios distintos. Geralmente, esses parâmetros são determinados pelo país importador.

Um exemplo é a exportação de carne brasileira para países da União Europeia, que deve obedecer critérios sanitários específicos estabelecidos pelo bloco europeu.

Em certos casos, é aplicado um imposto de exportação para garantir a equidade de preços, já que, devido aos estímulos à exportação, o custo final do produto pode ser inferior ao preço praticado no mercado interno.

As exportações desempenham um papel importante na geração de renda e empregos, pois promovem o crescimento da produção interna, da indústria e a entrada de divisas, processo na qual a moeda do exportador é convertida na moeda nacional, no país.

Isso impulsiona investimentos em infraestrutura, o surgimento de novas empresas e cria oportunidades de emprego para a população local.

Na esfera da exportação, encontram-se duas modalidades distintas que integram o processo:

  • Exportação direta: nesta modalidade, a exportação é conduzida diretamente pelo próprio fabricante, que trata da faturação diretamente com o importador.

Para que essa prática seja viável, é imprescindível que o fornecedor tenha conhecimento abrangente do processo de exportação, incluindo a documentação exigida, o mercado-alvo, embalagens apropriadas, transações comerciais, entre outros aspectos;

  • Exportação indireta: esta categoria envolve a exportação realizada por empresas intermediárias, que adquirem os produtos ou serviços para posteriormente exportá-los. Nesse tipo de operação comercial, o fabricante não assume a responsabilidade pela comercialização externa do produto.

Em geral, importar e exportar são processos intrínsecos ao comércio internacional, impulsionando a interconexão econômica global. 

Ao compreender os conceitos e nuances por trás das atividades de exportar e importar, as empresas podem aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo mercado universal e expandir suas atividades comerciais além das fronteiras nacionais.

Que tipos de produtos são exportados e importados pelo país?

O Brasil possui uma diversidade impressionante de produtos que podem ser utilizados nessas comercializações, refletindo sua vasta riqueza natural, indústria diversificada e posição como uma das maiores economias do mundo. 

A seguir, listamos as mercadorias mais usuais de exportação e importação no Brasil:

Produtos mais importados em 2023

  • Fertilizantes e adubos químicos (exceto os brutos): ocupam o primeiro lugar entre os produtos mais adquiridos pelo Brasil através de importações, representando 6,7% do total;
  • Óleos combustíveis de petróleo ou betuminosos (exceto os brutos): representam 6,1% das importações totais. Esses óleos, derivados do petróleo, são conhecidos como óleos combustíveis pesados ou residuais;
  • Outros produtos da indústria de transformação: envolvem a terceira posição entre as importações brasileiras, correspondendo a 4,5% do total; 
  • Medicamentos e produtos farmacêuticos (excluindo os veterinários): ocupam o quarto lugar, representando 3,6% das importações, especialmente durante a pandemia de Covid-19, com um valor de US$ 7,3 milhões; 
  • Dispositivos eletrônicos, como válvulas e tubos termiônicos, diodos e transistores: compuseram 3,6% das importações brasileiras em 2023, totalizando US$ 7,1 bilhões;
  • Equipamentos de telecomunicações, suas partes e acessórios: compreendem sistemas ou subsistemas interligados, utilizados na aquisição, armazenamento e manipulação de informações, entre outros;
  • Partes e acessórios de veículos automotivos: ocupam o oitavo lugar nas importações brasileiras, representando 3,4% do total, com um gasto de US$ 6,7 bilhões;
  • Compostos orgânicos-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucleicos seus sais e sulfonamidas: representam 2,9% de todas as importações do Brasil em 2023, com um total de US$ 5,9 bilhões;
  • Obras de ferro, aço e outros metais comuns: totalizaram US$ 4,9 bilhões em importações, correspondendo a 2,8% do total;
  • Gás natural liquefeito: na nona posição, representa 2,0% das importações brasileiras em 2023, com um valor FOB de US$ 3,9 bilhões;
  • Motores e máquinas não elétricas: encerram a lista dos principais produtos, com um valor FOB de US$ 3,8 bilhões, representando 1,9% das importações totais.

Vale ressaltar que estes dados são referentes ao ano de 2023 (até o mês de junho), conforme registrado no Siscomex.

Produtos mais exportados em 2023

Em relação às mercadorias mais exportadas pelo Brasil em 2023 (até o mês de junho), os segmentos da Indústria de Transformação, Indústria Extrativa e Agropecuária saem na frente. Confira os principais produtos:

  • Soja: os grãos de soja representaram 14% do total das exportações brasileiras em 2023. O Brasil é o segundo maior produtor mundial da mercadoria, ficando atrás apenas dos Estados Unidos; 
  • Minério de ferro e concentrados: na segunda posição, está o minério de ferro e seus concentrados, sendo exportados, principalmente, para a China (70% do total); 
  • Petróleo bruto e minerais betuminosos: ocupam a terceira posição, gerando uma receita de US$ 19,6 bilhões em 2023, o que representou uma queda de 19% em relação ao ano anterior;
  • Açúcares e melaços: conquistaram o quarto lugar no ranking. As exportações desses produtos cresceram quase 70% em comparação com o ano anterior, impulsionando-os para o Top 5;
  • Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada: a exportação de carne bovina brasileira subiu uma posição no Top 10, alcançando o quinto lugar na lista dos produtos mais exportados. Em 2023, as exportações de carne bovina congelada, fresca ou refrigerada totalizaram US$ 7,4 bilhões. 

Um dado extremamente importante é que em 2023, o Brasil exportou US$ 209.878,4 bilhões e importou US$ 158.937,3 bilhões, gerando assim um superávit de US$ 50.941,1 bilhões na balança comercial brasileira.

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Drawback

Importação e exportação no Brasil: o que é melhor para o nosso país?

A verdade é que tanto as importações quanto as exportações são atividades importantes para o desenvolvimento do Brasil. Uma vez que o comércio também é uma forma de aproximar as economias dos países. 

Quando uma empresa decide exportar, ou seja, vender produtos para outros países, isso pode gerar mais empregos e investimentos em tecnologia. 

A exportação, normalmente, só opera dinheiro em uma moeda estrangeira, como dólar ou euro. 

Essa receita é usada para fortalecer a economia do país. Além disso, muitos produtos exportados não têm que pagar impostos, o que os torna mais competitivos internacionalmente.

O governo pode ajudar as empresas na exportação, fornecendo financiamento ou crédito para cobrir os custos. Isso pode incluir adiantamentos de dinheiro ou apoio para promover produtos em feiras internacionais.

Por outro lado, importar, ou seja, trazer produtos de outros países para o Brasil, pode ser necessário quando o país precisa de tecnologias específicas, alimentos ou outras mercadorias. 

Contudo, as importações podem reduzir as reservas de moeda estrangeira.

Às vezes, o governo impõe taxas mais altas sobre produtos importados para proteger a indústria nacional, tornando os produtos estrangeiros mais caros ou mais difíceis de entrar no Brasil.

Ambas as atividades são importantes para o país, mas o governo, na maioria das vezes, prefere incentivar mais as exportações porque elas podem trazer mais benefícios econômicos. 

Entretanto, essa predileção não significa que as importações sejam ruins, pois também podem atender às necessidades do país e promover o comércio internacional.

Importador e exportador: por que terceirizar tais operações?

Ao contratar uma empresa de importação e exportação, o negócio consegue aliviar suas preocupações relacionadas a questões legais, câmbio e o tempo gasto em tarefas complexas, como transporte e movimentação de cargas. 

Contar com parceiros especializados nesse tipo de trabalho também contribui para diminuir os custos, permitindo que a empresa direcione seus recursos para melhorias na qualidade, redução de preços e busca por tecnologias mais avançadas.

A Dux é uma empresa de logística composta por três divisões: Dux Forwarding, agenciamento de cargas, Dux Trucking, frete rodoviário e Dux Express, de transporte aéreo.

Quais são as vantagens de contratar uma empresa de importação e exportação? Há diversos benefícios significativos para organizações que desejam expandir suas operações internacionais. As principais vantagens incluem: Redução de custos logísticos; Maior segurança na operação; Expertise na área; Otimização de tempo e processos.

Conheça a Dux Logistics 

A Dux Logistics é composta por um time que impulsiona negócios por meio da logística internacional de importação e exportação há mais de 10 anos.

Atuamos no setor aéreo, marítimo e rodoviário 24 horas por dia, trabalhando de forma personalizada e com dinamismo para atender empresas em qualquer lugar do mundo. 

Com escritórios e warehouses no Brasil, Estados Unidos e França, a Dux cresce e se consolida com base em uma meta: dar um passo à frente, todos os dias.

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