O transporte de cargas é um dos pilares indispensáveis para o funcionamento da economia, o que conecta produtores, distribuidores e consumidores em uma vasta rede logística.
Com a crescente demanda por eficiência, inovação e sustentabilidade, o setor oferece inúmeras oportunidades para quem deseja atuar na área.
Porém, para ingressar com sucesso nesse mercado, é essencial compreender as principais modalidades, exigências legais e estratégias para se destacar.
Mas como atuar nesse segmento de forma competitiva e atender às buscas crescentes por qualidade e agilidade?
Pois bem, neste post da Dux Logistics, vamos explorar como iniciar sua trajetória no transporte de cargas, além de relatar os passos necessários para construir uma carreira sólida nesse ramo promissor. Veja só!
O que é o transporte de cargas?
O transporte de cargas envolve a movimentação de matérias-primas para fábricas e a entrega de mercadorias destinadas a fins comerciais, ou seja, é o deslocamento de um ponto a outro, que desempenha um papel estratégico tanto para as empresas quanto para a economia.
A relevância dessa atividade, aliada aos desafios de movimentar uma ampla variedade de itens, faz desse setor um campo repleto de especificidades.
Esse processo pode ser realizado por meio de diferentes modalidades, como transporte terrestre, aéreo, marítimo ou ferroviário.
A escolha do método mais adequado depende das características da carga, distância a ser percorrida e das regiões cobertas pela rota.
Enquanto algumas organizações optam por utilizar frotas próprias para transportar suas mercadorias, outras preferem terceirizar a operação para uma empresa de importação e exportação, que oferecem expertise na movimentação de cargas.
O transporte de cargas é considerado de alto risco?
Sim, o transporte de cargas é considerado uma atividade de alto risco devido a diversos fatores que podem impactar tanto a segurança da carga quanto a dos profissionais envolvidos.
Entre os principais riscos estão:
- Roubos e furtos: cargas valiosas são frequentemente alvos de roubos, especialmente em áreas de alto índice de criminalidade;
- Acidentes: a movimentação em estradas mal conservadas, condições climáticas adversas e imprudência no trânsito podem causar acidentes graves;
- Danos à carga: o acondicionamento inadequado, manuseio incorreto ou até mesmo condições inadequadas durante o transporte podem danificar mercadorias;
- Problemas mecânicos: a falta de manutenção dos veículos pode levar a falhas mecânicas inesperadas, aumentando o risco de acidentes e atrasos;
- Cargas perigosas: o transporte de substâncias químicas, inflamáveis ou tóxicas exige cuidados especiais e segue regulamentações rigorosas, devido ao potencial de acidentes graves.
Para mitigar esses riscos, empresas de transporte investem em tecnologias, como rastreamento por GPS, seguros específicos e manutenção preventiva, além de capacitar seus profissionais para lidar com emergências e adotar práticas seguras de logística.
Qual é o meio de transporte de carga mais recomendado?
Nos últimos anos, o avanço da tecnologia e o impacto da globalização transformaram muitos métodos e processos, porque tanto empresas quanto consumidores demandam soluções mais rápidas, eficientes e acessíveis.
Dessa forma, o setor de transporte de cargas também teve que se adaptar a essa nova realidade. E como isso foi feito?
- Reduzindo os prazos de entrega;
- Expandindo as formas de fornecimento;
- Incorporando tecnologias para otimizar a logística;
- Tornando o transporte de cargas mais acessível, especialmente em um país de dimensões continentais.
É importante destacar que para garantir entregas eficientes, as mercadorias exigem uma estratégia personalizada. Portanto, os produtos possuem características específicas que demandam cuidados distintos para assegurar um transporte seguro e de alta qualidade.
Assim, o modal de locomoção utilizado é definido de acordo com o tipo de carga a ser movimentada. Para as transportadoras, a melhor maneira de aumentar a rentabilidade é investir em logística eficiente e no uso de multimodais.
Os multimodais permitem a combinação de diferentes tipos de transporte, otimizando as operações e reduzindo o tempo de execução. No entanto, existem desafios, como estradas sem infraestrutura adequada e problemas relacionados à segurança dos veículos.
Tipos de transporte de cargas existentes no Brasil
Compreender o funcionamento do transporte de cargas em nosso país exige o conhecimento dos diferentes tipos utilizados nesse processo.
A seguir, vamos destacar os principais modais disponíveis no Brasil, com suas características mais relevantes.
Transporte rodoviário de cargas
O transporte de carga rodoviário é o mais predominante no país. Realizado por carretas, caminhões, automóveis e vans, esse modal se destaca pela versatilidade, permitindo a locomoção de uma variedade de itens.
Além disso, a extensa malha rodoviária do Brasil possibilita um grande alcance de rotas para as entregas.
Entretanto, esse modal também possui desvantagens. A má condição de muitas estradas é um aspecto a ser considerado, pois isso eleva o risco de acidentes e os custos de manutenção dos veículos.
Transporte ferroviário
A locomoção ferroviária ocorre através de vias férreas, utilizando trens. Embora seja bastante eficiente para o transporte de cargas volumosas em longas distâncias, esse modal ainda não é tão popular no Brasil.
Isso se deve à falta de investimentos nas linhas ferroviárias, o que limita a variedade de rotas disponíveis. Atualmente, esse meio é mais utilizado para o transporte de produtos agrícolas e cargas a granel.
Transporte de carga aérea
O transporte aéreo de carga utiliza aeronaves para o envio de mercadorias. Esse método é bastante usado em entregas urgentes ou para o deslocamento de itens de alto valor.
A principal vantagem desse modal é a rapidez e a segurança proporcionadas pelos aviões, que conseguem percorrer grandes distâncias em pouco tempo.
Contudo, a agilidade também acarreta um aumento nos custos da operação logística, fazendo com que esse tipo de transporte seja menos competitivo em relação ao modal rodoviário.
Transporte aquaviário
Refere-se à locomoção realizada sobre a água. Esse tipo de transporte pode ocorrer em lagos, rios ou no mar, utilizando embarcações como barcos e navios. Assim como o aéreo, esse modal é excelente para longas distâncias.
A vantagem aqui se encontra no volume da carga, pois os navios têm uma grande capacidade de transportar uma quantidade considerável de mercadorias.
O custo associado a essa modalidade, geralmente, é menor que o do transporte aéreo, mas é importante ressaltar que o tempo de entrega tende a ser maior.
Transporte dutoviário
Utiliza tubulações e dutos para o transporte de cargas, normalmente gases e líquidos, como o petróleo, por exemplo. Um dos principais benefícios desse método é a capacidade de cobrir longas distâncias com um custo operacional reduzido.
Por outro lado, os trajetos são fixos, o que limita as rotas disponíveis para a locomoção das substâncias.
Dicas para manter a segurança no transporte de cargas
Tanto no Brasil quanto no exterior, o transporte de cargas está sujeito a riscos. Por isso, é essencial um planejamento cuidadoso para garantir a segurança e minimizar as chances de incidentes.
Manutenção preventiva dos veículos
É indispensável manter os automóveis em perfeito estado de funcionamento. Tal processo engloba inspeções regulares e manutenção de todos os componentes críticos.
Treinamento e capacitação de profissionais
Os motoristas e demais colaboradores precisam estar bem preparados, não apenas para dirigir, mas também para lidar com práticas de segurança, primeiros socorros e ações emergenciais.
Uso correto de equipamentos de segurança
Equipamentos como cintos de segurança, capacetes, luvas e óculos de proteção devem ser utilizados de forma obrigatória, o que assegura maior proteção aos envolvidos.
Acondicionamento e fixação adequada das cargas
As mercadorias precisam ser embaladas e fixadas corretamente para evitar deslocamentos durante o transporte, o que deve prevenir acidentes e danos aos produtos.
Cumprimento das normas e legislações
Respeitar as normas e leis aplicáveis ao transporte de cargas é de suma importância, incluindo os limites de peso, regulamentações ambientais e restrições de horário.
Por exemplo, o transporte de medicamentos, insumos farmacêuticos e alguns alimentos devem seguir as normas da Anvisa, enquanto o transporte de cargas perigosas deve atender à Resolução 5947/2021 da ANTT.
Gerenciamento de riscos e plano de contingência
Antecipar possíveis riscos e contar com um plano de ação para lidar com emergências, como acidentes ou falhas, é uma prática indispensável.
Seguro apropriado
Contratar um seguro para o veículo e a carga é essencial para proteger contra prejuízos financeiros em caso de danos ou acidentes.
Tecnologia e inovação
O uso de tecnologias, como rastreamento por GPS, sensores de carga e softwares de gestão logística, aumenta tanto a segurança quanto a eficiência do transporte.
Comunicação eficaz
Manter uma comunicação clara e ágil entre todos os envolvidos no processo é necessário para resolver problemas rapidamente, além de assegurar o bom andamento das operações.
O que considerar ao escolher uma transportadora de cargas?
Conforme a lei 9.611/1998, que regula o processo multimodal de transporte de cargas, o operador logístico deve ser uma pessoa jurídica, independentemente de ser uma transportadora ou não, além de estar devidamente credenciado pela ANTT.
A legislação também especifica os serviços que são de responsabilidade do profissional. Além do transporte, ele deve realizar a coleta, a unitização e o armazenamento da carga até a entrega ao destino final.
Esse especialista será o responsável por interagir com as diversas transportadoras envolvidas durante o processo de logística internacional ou nacional, desde o ponto de origem até o local de entrega.
Com isso em mente, aqui estão alguns pontos a serem considerados ao selecionar um operador qualificado:
- Para transporte de carga internacional, o profissional deve possuir licença da Receita Federal;
- Verifique a regularidade da habilitação fornecida pela ANTT;
- Avalie a experiência do especialista no setor;
- Confira as certificações da empresa operadora.
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